Algumas opções de anticoncepcionais para quem amamenta são a pílula anticoncepcional com progesterona, o DIU, a laqueadura, o anticoncepcional injetável e a camisinha, que ajudam a evitar uma gravidez não planejada.
Durante a amamentação a mulher deve evitar anticoncepcionais com estrogênio. Isso porque este hormônio pode prejudicar a o leite materno, por inibir a produção de prolactina, que é um hormônio responsável pela produção do leite.
Entretanto, é importante sempre consultar o ginecologista, para que seja indicado o melhor anticoncepcional durante a amamentação de forma individualizada e segura para a mulher e o bebê.
Anticoncepcionais durante a amamentação
Os anticoncepcionais indicados durante a amamentação incluem:
1. Pílula anticoncepcional
A pílula anticoncepcional indicada durante a amamentação é a minipílula, que contém apenas progesterona.
Este tipo de pílula diminui o risco de trombose e de redução na produção de leite, e não interferem no crescimento ou no desenvolvimento infantil.
O início do uso da minipílula depende do tipo de hormônio indicado pelo médico, podendo ser:
- Desogestrel (Cerazette, Nactali): pode ser iniciado entre o 21º e o 28º dia após o parto, tomando um comprimido por dia sempre no mesmo horário. Durante os primeiros 7 dias, deve ser usado um método de barreira adicional, como camisinha, para evitar uma gravidez indesejada;
- Linestrenol (Exluton): este anticoncepcional pode ser iniciado entre o 21º e o 28º dia após o parto, tomando um comprimido por dia sempre no mesmo horário. Durante os primeiros 7 dias, deve ser usado um método de barreira adicional, como a camisinha, para evitar uma gravidez indesejada;
- Noretisterona (Micronor): só pode ser iniciado a partir da 6ª semana após o parto, tomando-se um comprimido por dia sempre no mesmo horário. Se, além do leite materno, a mulher também dá fórmulas ao bebê, a noretisterona pode ser iniciada 3 semanas após o parto, conforme orientação médica.
É importante tomar a pílula sempre no mesmo horário todos os dias e no caso de atraso ou esquecimento de uma dose, deve-se usar um método de barreira, como a camisinha, por exemplo.
2. Implante subcutâneo
O implante subcutâneo de progesterona, conhecido como Implanon, é um pequeno bastão inserido sob a pele, que libera gradualmente a quantidade do hormônio diária necessária para inibir a ovulação.
O Implanon pode ser inserido a partir da 4ª semana após o parto. Durante os primeiros 7 dias, deve ser usado preservativo, para evitar uma gravidez indesejada.
A aplicação do implante é feita pelo ginecologista, com anestesia local, em um procedimento de poucos minutos, na região do braço, onde pode permanecer por até 3 anos, mas pode ser removido a qualquer momento que a mulher desejar.
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tuasaude.com/implanon
3. DIU
O DIU é um método contraceptivo muito eficaz e prático, pois não há necessidade de lembrar quando usar.
Os dois tipos de DIU que podem ser usados por quem amamenta são:
- Levonorgestrel (Diu Mirena): o DIU Mirena pode começar a ser usado a partir da 4ª semana depois parto, conforme indicação do médico;
- DIU de cobre: o DIU de cobre pode ser colocado imediatamente após o parto, ou a partir da 4ª semana depois do parto normal, ou a partir da 12º semana após a cesariana.
O DIU só pode ser colocado pelo ginecologista, no consultório ou no hospital. Esses dispositivos podem ser retirados a qualquer momento, pelo médico, quando a mulher desejar. Saiba mais sobre estes dois tipos de DIU.
4. Diafragma
O diafragma é um anticoncepcional de barreira que pode ser usado por quem amamenta.
Este anticoncepcional pode ser colocado pela mulher antes do contato íntimo, impedindo que os espermatozoides cheguem ao útero.
Entretanto, é recomendado que a mulher espere pelo menos 6 semanas após o parto para que seja ajustado. Isso porque o tamanho do diafragma necessário pode mudar à medida que o útero e o colo do útero retornam ao tamanho normal.
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5. Preservativo
O preservativo é um anticoncepcional de barreira que pode ser usado em qualquer momento durante a amamentação, pois não interfere no leite materno.
O preservativo feminino e masculino são boas alternativas para mulheres que não podem ou não querem usar hormônio, e que também protege contra infecções sexuais transmissíveis.
Os preservativos masculino e feminino têm uma eficácia de 98% e 95%, respectivamente, contra a gravidez não planejada.
6. Anticoncepcional injetável
O anticoncepcional injetável Depo-Provera contém o acetato de medroxiprogesterona, um tipo de progesterona que serve para evitar a gravidez durante a amamentação.
Essa injeção, que não afeta o crescimento e desenvolvimento do bebê, pode ser usada a partir da 6ª semana após o parto.
O anticoncepcional injetável de progesterona deve ser aplicado por um profissional de saúde e com indicação médica, a cada 12 semanas.
7. Laqueadura
A laqueadura é um anticoncepcional definitivo considerado seguro durante a amamentação, apresentando 99% de eficácia, podendo ser feita logo após o parto.
A laqueadura é uma cirurgia em que é feito um corte, amarração ou colocação de um anel nas trompas de Falópio, interrompendo a comunicação entre o ovário e o útero, o que impede que o esperma chegue até o óvulo e ocorra fecundação.
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Qual o melhor anticoncepcional para quem amamenta?
Não existe um único melhor anticoncepcional para quem amamenta, pois a escolha varia conforme as necessidades, a eficácia desejada e as preferências da mulher.
No entanto, os anticoncepcionais mais seguros durante a amamentação são os métodos de barreira ou aqueles que contêm somente progesterona.
Métodos contraceptivos naturais
Os métodos contraceptivos conhecidos como naturais são:
- Coito interrompido;
- Método da tabelinha;
- Controle de temperatura.
No entanto, esses métodos não devem ser usados, pois são pouco eficazes e podem levar a uma gravidez não planejada.
Amamentação é um método anticoncepcional?
A amamentação pode funcionar como método anticoncepcional, se o bebê tiver menos de 6 meses e estiver em aleitamento materno exclusivo.
Isso porque quando o bebê mama várias vezes ao dia, com frequência, estimula a produção de altos níveis de prolactina na mãe. Os níveis de prolactina elevados inibem, assim, a secreção de hormônios hipotalâmicos, alterando a liberação de estrogênio e impedindo a ovulação.
No entanto, isso não significa que a mulher não possa engravidar e, por isso, a amamentação não é recomendada pelos médicos como método anticoncepcional oficial.
