Com uma população crescente de pets pelo mundo, como será que os donos de cães, gatos e companhia têm enxergado o profissional que cuida dos membros animais da família?

A pergunta motivou um levantamento internacional realizado pela farmacêutica Boehringer Ingelheim, que atua tanto em saúde humana como animal, para entender a percepção dos tutores sobre os veterinários. Os achados foram comparados aos de outro estudo encomendado pela empresa no ano passado, baseado em entrevistas com 1 056 veterinários, 212 deles brasileiros.

A análise dos dados mostra que, embora as pessoas em geral confiem bastante nos profissionais, existem contrastes marcantes entre o ponto de vista de quem assiste e é assistido.

Os resultados desse trabalho serão apresentados no Dia Mundial da Medicina Veterinária neste 26 de abril. VEJA SAÚDE adianta, de forma exclusiva, algumas das descobertas.

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O que pensam os tutores?

O novo estudo foi rodado entre fevereiro e março de 2025 com 1 200 donos de animais de Brasil, Estados Unidos, Reino Unido, China, França e Alemanha – foram 200 entrevistados por país. A maioria deles tinha cães (71%), seguidos de gatos (60%), cavalos (2%), animais de fazenda (2%) e outros bichos, como pássaros (20%).

No geral, 94% dos tutores de pets e produtores de animais disseram valorizar o trabalho dos veterinários. No entanto, a pesquisa com os próprios profissionais, concluída no ano anterior, revela que menos da metade deles se sente realmente valorizada pelos cuidadores de seus pacientes.

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Os dados globais se refletem nos nacionais. Segundo o levantamento, 96% dos donos de animais brasileiros demonstram confiança e apreço pelos veterinários. Contudo, apenas 51% dos profissionais por aqui se sentem realmente valorizados pelo seu trabalho.

A pesquisa integra uma campanha promovida pela Boehringer Ingelheim, cujo objetivo é dar visibilidade às demandas, dificuldades e conquistas na rotina dos veterinários, que, com frequência, passam despercebidas pela população.

“Quando as pessoas entendem melhor os desafios e renúncias que eles precisam fazer, passam a valorizar mais seu papel”, justifica Joana Adissi, diretora da unidade de negócios de Saúde Animal da Boehringer Ingelheim.

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Discrepâncias

As diferenças de percepção entre tutores e veterinários continuam quando os entrevistados são questionados sobre como os profissionais equilibram sua vida pessoal e laboral.

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No Brasil, 77% dos tutores e produtores de animais consideram que eles conseguem conciliar muito bem o trabalho com outros aspectos da rotina. No entanto, 42% dos veterinários brasileiros ouvidos pensam que sua renúncia e dedicação aos animais são subestimadas.

A iniciativa da Boehringer Ingelheim e seus parceiros de campanha visa alavancar o reconhecimento das equipes veterinárias no país e lá fora. A companhia buscar dar maior visibilidade às particularidades e às exigências da profissão, tendo em vista que, no cenário nacional, seu esforço e resiliência são menos reconhecidos que os de categorias como médicos, bombeiros, policiais e professores.

No estudo com veterinários de 2024, descobriu-se que 42% dos profissionais entrevistados continuavam trabalhando mesmo fisicamente exaustos e 25% atuavam mais de 50 horas por semana.

“Ao destacar os desafios e as histórias dessas equipes, queremos contribuir para uma mudança de perspectiva”, diz Adissi.

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A campanha Going Beyond conta com um vídeo “Adivinhe Quem? em que tutores tentam desvendar qual profissão é retratada com base em algumas descrições deixadas pela produção. A resposta surpreende muitos deles: é o veterinário. Você pode assistir logo abaixo:

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