A salpingite é a inflamação das tubas uterinas, também conhecidas como trompas, causada principalmente por bactérias, e podendo atingir uma ou as duas trompas.


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Salpingite faz parte de um grupo de problemas chamado doença inflamatória pélvica, e pode causar dor abdominal e durante o contato sexual, sangramentos fora do período menstrual e febre, em alguns casos.

Leia também: Doença inflamatória pélvica (DIP): o que é, sintomas, causas e tratamento

tuasaude.com/doenca-inflamatoria-pelvica

Por isso, é importante consultar o ginecologista assim que surgirem os primeiros sintomas de salpingite para que seja feito o diagnóstico e iniciado o tratamento, que normalmente é feito com o uso de antibióticos.


Imagem ilustrativa número 2

Sintomas de salpingite

Os principais sintomas de salpingite são:

  • Dor na pelve, na parte baixa da barriga ou nas costas;
  • Corrimento vaginal amarelado com mau cheiro;
  • Dor ou sangramento durante a relação sexual;
  • Sangramento fora do período menstrual;
  • Ardência ou desconforto ao urinar;
  • Vontade de urinar com frequência.

Além disso, podem surgir sintomas como febre, náusea, vômito, perda de apetite e cansaço, além de atraso no ciclo menstrual.

Em alguns casos, os sintomas aparecem de forma mais leve, mas permanecem por mais tempo. Nessa situação, a condição é chamada de salpingite crônica, que muitas vezes surge após um episódio de salpingite aguda. Saiba como identificar a salpingite crônica.

Salpingite e ooforite

A salpingite é uma infecção que atinge as trompas, enquanto a ooforite é o nome dado quando a inflamação afeta os ovários. Ambas fazem parte do grupo de doenças conhecido como doença inflamatória pélvica, que pode comprometer o útero, as trompas e os ovários.

Como é feito o diagnóstico

O diagnóstico da salpingite é feito pelo ginecologista geralmente através da avaliação dos sintomas apresentados pela mulher, exame físico e testes laboratoriais.

Em caso de suspeita de salpingite, marque uma consulta com o ginecologista mais próximo da sua região:

Disponível em: São Paulo, Rio de Janeiro, Distrito Federal, Pernambuco, Bahia, Maranhão, Pará, Paraná, Sergipe e Ceará.

O médico costuma realizar um exame pélvico para verificar dor, sensibilidade ou sangramento no útero, trompas e ovários.

Além disso, exames de sangue e urina podem ser solicitados para ajudar a identificar infecções, enquanto culturas de corrimento vaginal podem detectar gonorreia, clamídia ou outras causas da doença.

Em alguns casos, exames de imagem são necessários para confirmar o diagnóstico, como ultrassonografia pélvica, tomografia computadorizada ou histerossalpingografia, que avalia possíveis bloqueios nas trompas.

Leia também: Histerossalpingografia: o que é, para que serve o como é feito

tuasaude.com/histerossalpingografia

Principais causas

As principais causas de salpingite são:

  • Infecções sexualmente transmissíveis (ISTs), como Chlamydia trachomatis, responsável pela clamídia, e a Neisseria gonorrhoeae, responsável pela gonorreia;
  • Uso de Dispositivo Intrauterino (DIU);
  • Realização de cirurgias ginecológicas, como parto, cesariana, biópsia endometrial, histeroscopia ou laparoscopia;
  • Múltiplos parceiros sexuais.

Além disso, há um risco aumentado de salpingite quando infecções genitais não tratadas se espalham para as trompas, como na Doença Inflamatória Pélvica (DIP). Entenda mais sobre a DIP e suas causas.

Tratamento para salpingite

O tratamento para salpingite é feito de acordo com a orientação do ginecologista, sendo importante começar o quanto antes para evitar complicações graves.

Em casos leves, o tratamento pode incluir uma injeção de antibiótico seguida de comprimidos para tomar em casa por até duas semanas.

Quando a infecção é mais grave, pode ser necessário receber antibióticos por via intravenosa em ambiente hospitalar, antes de continuar o tratamento com comprimidos.

O tipo de antibiótico depende da causa da infecção, como a doxiciclina em casos de infecções por clamídia e a ceftriaxona para infecções por gonorreia. Em casos mais graves, podem ser usados antibióticos intravenosos como a gentamicina.

Além disso, é recomendado que a mulher não tenha relações sexuais durante o tratamento, evite duchas vaginais e mantenha a região genital sempre limpa e seca.

Se a salpingite foi causada por uma infecção sexualmente transmissível, os parceiros sexuais também devem ser testados e tratados, para evitar reinfecção.

Nos casos mais graves, o ginecologista pode indicar a realização de cirurgia para retirada das trompas e de outras estruturas que possam ter sido afetadas pela infecção, como ovário ou útero. Entenda mais sobre o tratamento da salpingite.

Salpingite tem cura?

A salpingite tem cura, especialmente quando diagnosticada e tratada precocemente com antibióticos, que conseguem eliminar a infecção e diminuir a inflamação nas trompas.

No entanto, se a doença não for tratada a tempo, pode causar danos permanentes às trompas, aumentando o risco de infertilidade ou gravidez ectópica.

Possíveis complicações

Alguma possíveis complicações da salpingite são:

  • Bloqueio na trompa: A infecção pode causar aderências dentro ou fora das trompas, bloqueando o caminho do óvulo;
  • Gravidez ectópica: O óvulo fertilizado pode se implantar fora do útero, geralmente na trompa;
  • Infertilidade: O dano nas trompas pode impedir a chegada do óvulo ao útero, tornando a gravidez natural difícil; 
  • Dor pélvica ou abdominal crônica: A infecção pode causar desconforto que persiste por longo período;
  • Abscesso tubo-ovariano: A formação de bolsas de pus ao redor das trompas ou ovários pode exigir drenagem;
  • Disseminação da infecção: A infecção pode se espalhar para outros órgãos reprodutivos, piorando os sintomas e o quadro geral.

As complicações da salpingite geralmente surgem quando a doença não é tratada. Por isso, diagnosticar e iniciar o tratamento precocemente é essencial para prevenir danos permanentes às trompas.

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