Levar para além da universidade o conhecimento produzido no ambiente acadêmico é um desejo antigo de diversos cientistas. Em Santos, litoral de São Paulo, esse objetivo ganhou forma graças a uma iniciativa da Faculdade de Medicina da USP, que apostou na tecnologia para conectar ciência, escolas e comunidade.
Trata-se do projeto Jovem Doutor, que há dez anos atua em parceria com a secretaria de educação do município. A proposta é simples e poderosa: disponibilizar recursos digitais para apoiar o ensino de temas de saúde entre estudantes do ensino fundamental, fortalecendo a prevenção desde cedo.
As turmas recebem conteúdo online, uma plataforma para criação e gravação de vídeos, materiais gráficos com imagens do corpo humano e modelos de órgãos em tamanho real produzidos com impressão 3D.
Com essas ferramentas, os alunos aprendem, debatem e se mobilizam sobre assuntos fundamentais, como vacinação e prevenção da gravidez na adolescência.
Mais do que transformar a sala de aula, o conhecimento se espalha pela comunidade. Os próprios estudantes replicam o que aprendem, seja no dia a dia com familiares, seja em eventos como feiras de ciências.
O resultado é uma corrente de educação em saúde que, numa espécie de efeito cascata do bem, já impactou pelo menos 30 mil cidadãos. A iniciativa demonstra que ciência e prevenção não devem ficar restritas aos muros da universidade.

O conjunto de trabalhos Jovem Doutor (Saúde Digital nas Escolas e Estação de Telessaúde) e Edu-Fábrica (Aprendizado Vivencial em Saúde com Prevenção de Doenças e Promoção de Saúde) venceu a categoria Prevenção e Promoção da Saúde do Prêmio VEJA SAÚDE & Oncoclínicas de Inovação Médica 2025.
Assista ao vídeo abaixo e veja como essa experiência está ajudando a formar gerações mais informadas e engajadas em saúde.
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