
Dezembro já se aproxima no horizonte e, com ele, vêm também os produtos que só costumam aparecer nas gôndolas do supermercado quando o Natal está chegando.
Um clássico dessa época do ano, o panetone passou a ser visto com receio por quem busca uma alimentação saudável, especialmente depois que a rotulagem frontal dos industrializados entrou em vigor no Brasil, deixando claro que o produto tem altos níveis de açúcar adicionado e gordura saturada.
Na busca por cuidar da alimentação, muita gente não tem dúvida: priorizar um panetone caseiro poderia ser melhor para a saúde. Mas será que isso é verdade? Entenda melhor essa história.
O que vai num panetone?
Não há qualquer dúvida: um panetone industrializado realmente é cheio de açúcar e gorduras. Embora ele nem de longe seja tão calórico quanto alguns vídeos da internet sugerem, ainda assim uma fatia de apenas 100 gramas supera tranquilamente as 300 calorias (e beira as 400 no caso do chocotone).
Quem teme os quilos a mais na balança de fato precisa consumir com parcimônia, mas também não precisa abrir mão por completo do quitute natalino, já que dietas excessivamente restritivas podem até fazer o efeito oposto ao desejado e acabar redundando em uma compulsão alimentar.
Já para quem precisa controlar a glicemia, como pacientes com diabetes, esse cuidado precisa ser maior. Além do açúcar adicionado à massa, até mesmo as frutas cristalizadas exigem atenção: embora elas tragam alguns compostos interessantes, também acabam sendo muito ricas nos açúcares naturais, que ficam concentrados pelo processo de desidratação.
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Em suma: o panetone deve ser encarado como uma guloseima e consumido com moderação. Ninguém deve comprá-lo esperando um alimento fit ou “saudável”. Mas atenção: só porque ele foi feito em casa, não quer dizer que seja necessariamente “melhor” para a sua saúde.
Ingredientes são decisivos, não local de fabricação
Panetones industrializados entram na categoria de produtos ultraprocessados, geralmente contendo vários aditivos para dar sabor, cor, aroma e aumentar sua vida de prateleira. É por isso que existe uma vantagem teórica no produto feito em casa: você (ou quem preparou o doce) tem pleno poder de decisão sobre a forma como vai elaborá-lo, evitando esses ingredientes.
Mas a chave está, justamente, nos ingredientes. Considerar apenas que o produto foi feito em casa não dá garantia de que eles foram deixados de lado: a pessoa pode fazer todo o processo artesanalmente, mas utilizar uma série de aditivos industrializados sem se dar conta – uma situação, aliás, bem comum na cozinha, especialmente quando se busca ganhar tempo, seja com alimentos doces ou salgados.
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Mesmo evitando esses itens, você ainda pode exagerar na dose de açúcar em uma receita caseira, ou acabar com uma combinação que também é rica em gorduras saturadas e que, se saísse de uma fábrica, talvez recebesse o temido selo preto avisando que tem uma quantidade excessiva desse nutriente.
A dica é sempre priorizar os ingredientes mais naturais possíveis, sem exagerar na dose daquilo que você busca evitar, mas encontrando um equilíbrio que permita uma receita saborosa mesmo que se enquadre em um estilo de vida mais fit.
E, como costuma acontecer com quase tudo envolvendo alimentação, vá com bom senso: mantendo um estilo de vida equilibrado, não é uma fatia de panetone que vai tirar sua saúde dos trilhos.
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