O Ministério da Saúde divulgou nesta segunda-feira (1º) a edição 2025 do Boletim Epidemiológico HIV e Aids. Abrindo o Dezembro Vermelho, Mês de Prevenção ao HIV/Aids e Infecções Sexualmente Transmissíveis, a publicação atualiza dados e marca os 40 anos do início do enfrentamento ao vírus no Brasil.

Com números relativos a 2024, o documento trouxe informações animadoras em relação à mortalidade, que atingiu a menor taxa da série histórica: foram 3,4 óbitos por 100 mil habitantes no ano passado, uma queda de 12,8% em relação ao ano anterior.

Ainda assim, os números também reforçam a importância de não baixar a guarda: esse índice ainda representa um total de 9.157 vidas perdidas para a aids apenas em 2024.

Mesmo com o avanço da profilaxia pré-exposição (PrEP), que ajudou a frear a circulação do HIV, e da terapia antirretroviral que foi capaz de deixar muitos pacientes soropositivos com carga viral indetectável e intransmissível, o último ano viu um ligeiro aumento de infecções pelo vírus, chegando a 39,2 mil detecções de HIV, ou 18,4 casos por 100 mil habitantes.

Confira outros destaques do levantamento.

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Situação no último ano

  • Mortes por aids em 2024: 9.157, o equivalente a 3,4 óbitos por 100 mil habitantes (queda de 12,8% em um ano)
  • Novos casos de aids em 2024: 36.955, o equivalente a 17,4 casos por 100 mil habitantes (queda de 1,5% em um ano)
  • Novas detecções de HIV em 2024: 39.216, o equivalente a 18,4 casos por 100 mil habitantes (aumento de 2,6% em um ano)

Vale lembrar que uma infecção por HIV não equivale a um caso de aids. O HIV é o vírus da imunodeficiência humana, que pode evoluir para a síndrome da imunodeficiência adquirida (aids ou SIDA) sem o tratamento adequado. Com as novas terapias, porém, é possível manter o vírus em níveis controlados que não produzem os sintomas graves e potencialmente fatais.

+Leia também: Dia Mundial de Luta Contra a Aids: os avanços para superar o HIV

Números da epidemia desde 1980

O Boletim Epidemiológico HIV e Aids 2025 trouxe uma estimativa inédita de infecções desde o início da epidemia, em 1980. Segundo o estudo, o total de pessoas vivendo com o vírus (tendo evoluído ou não para a aids) equivale a 1.679.622 pessoas entre o primeiro caso conhecido, há 45 anos, e setembro de 2025.

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Desse total de contágios, 1.165.533 tornaram-se casos registrados de aids, com uma estimativa de 402,3 mil pessoas mortas pela doença desde 1980.

O cálculo se baseou em um cruzamento de diferentes bases de dados para obter números mais precisos, inclusive com a possibilidade de uma classificação regional. As infecções por HIV estiveram assim distribuídos no mapa ao longo do tempo:

  • 47,3% no Sudeste
  • 19% no Sul
  • 18,5% no Nordeste
  • 8,3% no Norte
  • 6,8% no Centro-Oeste
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Dezembro Vermelho

O Dezembro Vermelho foi instituído como Mês de Prevenção ao HIV/Aids e Infecções Sexualmente Transmissíveis em 2017, com o objetivo de conscientizar sobre essas doenças, suas formas de prevenção, tratamento e combate aos estigmas. O mês caminha lado a lado com a celebração do Dia Mundial de Luta Contra a Aids, que desde o final dos anos 1980 é observado em 1º de dezembro.

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