Ergotamina é um remédio vasoconstritor indicado para o alívio de crises de enxaqueca e outras dores de cabeça causadas por alterações nos vasos sanguíneos, ajudando a reduzir a dor, náuseas, sensibilidade à luz e ao som.
A forma utilizada desse remédio é o mesilato de di-hidroergotamina, não a ergotamina pura, e geralmente está associada a dipirona sódica e cafeína, encontrada com os nomes comerciais Migraliv, Cefaliv ou Enxak.
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A ergotamina é normalmente indicada pelo neurologista ou clínico geral e deve ser tomada logo no início dos sintomas, sendo usada para interromper a crise e não para prevenir dores de cabeça regularmente.

Para que serve
A ergotamina é indicado para:
- Crises agudas de enxaqueca;
- Dores de cabeça causadas por alterações nos vasos sanguíneos.
Esse medicamento é especialmente indicado quando os analgésicos comuns não conseguem aliviar a dor de cabeça aguda e não deve ser usado para prevenção de crises.
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Como funciona
O mesilato de di-hidroergotamina age reduzindo alterações nos vasos sanguíneos e nos sinais do sistema nervoso que provocam a dor.
Com isso, ajuda a diminuir a dor de cabeça e também sintomas que podem acompanhá-la, como náuseas e sensibilidade à luz e ao som.
Já a dipirona na sua formulação possui ação analgésica e a cafeína aumenta a absorção do mesilato de di-hidroergotamina, potencializando os efeitos no alívio da dor de cabeça.
Como usar
O uso da ergotamina (mesilato de di-hidroergotamina) deve ser feito no início dos sintomas da crise, ou seja, logo que começa a dor de cabeça, náusea ou aura que antecede a enxaqueca. Entenda o que é enxaqueca com aura.
Recomenda-se tomar de 1 a 2 comprimidos por via oral, conforme indicação médica, de preferência com um copo de água para facilitar a ingestão, por no máximo 10 dias de tratamento.
Se a dor não melhorar, pode-se tomar mais 1 comprimido a cada 30 minutos, respeitando o limite máximo de 6 comprimidos por dia.
Entretanto, essa medicação deve ser usada apenas para interromper a crise, e não para prevenir dores de cabeça regularmente.
Cuidados durante o uso
Alguns cuidados durante o uso da ergotamina são:
- Evitar dirigir veículos ou operar máquinas, pois a medicação pode causar sonolência;
- Restringir o consumo de álcool durante o tratamento, já que pode aumentar os efeitos colaterais;
- Não combinar com medicamentos que causam vasoconstrição ou interferem no metabolismo da ergotamina, como antifúngicos ou medicamentos para HIV, devido ao risco maior de efeitos graves.
Além disso, a ergotamina não deve ser usada com frequência ou por longos períodos, pois o uso prolongado pode causar complicações graves.
Possíveis efeitos colaterais
Entre os efeitos colaterais mais comuns da ergotamina estão náuseas, vômitos, tontura, sensação de fraqueza, formigamento ou dormência em mãos e pés.
Alguns efeitos menos comuns podem incluir secura da boca, palpitações, alterações na pressão arterial, dores musculares e desconforto abdominal.
Em casos raros e graves, pode haver vasoconstrição excessiva, provocando mãos e pés frios, palidez, lesões nos tecidos, além de aumentar o risco de problemas cardíacos, como angina ou infarto, e provocar reações alérgicas graves, como anafilaxia. Veja quais são os sintomas da anafilaxia.
Quem não deve usar
O uso de ergotamina (mesilato de di-hidroergotamina) é contraindicado em pessoas com:
- Alergia a qualquer componente da fórmula;
- Doenças cardiovasculares ou vasculares periféricas;
- Pressão alta grave não controlada;
- Insuficiência hepática ou renal severa;
- Menores de 18 anos.
A ergotamina também é contraindicada durante a gravidez ou amamentação, devido aos riscos para o bebê.