Anemia sideroblástica é um tipo de anemia em que há utilização inapropriada de ferro para a síntese de hemoglobina, o que faz com que fique acumulado dentro das células.
Essa alteração pode estar relacionada com fatores hereditários, fatores adquiridos ou ser consequência de mielodisplasias, levando à ocorrência de sintomas característicos de uma anemia, como cansaço, palidez, tonturas e fraqueza.
O tratamento depende da gravidade da doença, sendo geralmente administrado ácido fólico e vitamina B6 e em casos mais graves, pode ser necessário realizar um transplante de medula óssea.

Principais sintomas
Os principais sintomas da anemia sideroblástica são:
- Cansaço extremo e fraqueza, que não desaparece mesmo após descansar e dormir;
- Palidez, que é principalmente notada no rosto e na parte interna das pálpebras;
- Dificuldade para respirar e sensação de falta de ar ao realizar tarefas normais do dia a dia, como caminhar ou subir escadas;
- Palpitações ou taquicardia, já que o coração bate mais rápido que o normal na intenção de bombear mais sangue para o corpo;
- Dor abdominal, que pode estar acompanhada de mal estar ou inchaço devido ao aumento do fígado ou do baço;
- Mudanças na cor da pele, principalmente em casos avançados, em que a pele pode ficar com uma tonalidade mais bronzeada ou acinzentada devido aos depósitos de ferro.
Os sintomas de anemia sideroblástica aparecem de forma gradual. Caso esse tipo de anemia não seja identificada e tratada, o excesso de ferro pode provocar danos a órgãos vitais, como coração, fígado e pâncreas, podendo levar a complicações como diabetes ou insuficiência cardíaca.
Teste de sintomas
Para saber o risco de ter anemia, selecione a seguir os sintomas que possa estar apresentando:
O teste de sintomas é apenas uma ferramenta de orientação, não servindo como diagnóstico e nem substituindo a consulta com o médico.
Como é feito o diagnóstico
O diagnóstico da anemia sideroblástica deve ser feito pelo hematologista ou clínico geral por meio da avaliação dos sintomas e realização de hemograma, em que é possível observar hemácias com formas diferentes e alguns deles podem aparecer pontilhados.
Além disso, é também realizado o exame de contagem de reticulócitos, que são as hemácias imaturas, que normalmente estão presentes nesse tipo de anemia.
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É também indicado pelo médico a realização da dosagem de ferro, ferritina e saturação da transferrina, pois também podem estar alterados na anemia sideroblástica.
Em alguns casos, o médico pode também indicar a realização de exame para avaliar a medula óssea, pois além de ajudar a confirmar a anemia sideroblástica, também ajuda a identificar a causa da alteração.
Possíveis causas
A principal causa da anemia sideroblástica é a falha na utilização do ferro dentro da medula óssea para a fabricação da hemoglobina.
O ferro não se integra aos glóbulos vermelhos e fica acumulado de forma anormal dentro das células, formando os anéis característicos. Essa doença pode se desenvolver devido a fatores genéticos ou ser consequência de fatores externos ou outras doenças.
Fatores de risco
Alguns fatores que aumentam o risco de anemia sideroblástica são:
- Alterações genéticas;
- Uso prolongado de alguns medicamentos, incluindo antibióticos;
- Consumo de álcool;
- Deficiência de cobre;
- Intoxicação por chumbo;
- Síndrome mielodisplásica.
É fundamental que seja identificada a causa da anemia para que o tratamento mais adequado seja iniciado.
Como é feito o tratamento
O tratamento para anemia sideroblástica deve ser feito de acordo com a indicação do médico e causa da anemia, podendo ser indicada a realização de suplementação com vitamina B6 e ácido fólico, além da redução do consumo de bebidas alcoólicas. Veja os principais remédios para anemia.
No caso da anemia ser devido ao uso de medicamentos, pode ser também indicada a suspensão do seu uso.
Nos casos mais graves, em que a anemia é consequência de alterações no funcionamento da medula óssea, pode ser indicado pelo médico a realização de transplante. Entenda como é feito o transplante de medula óssea.