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A jornalista Mariana Gross, âncora do telejornal RJ1, da TV Globo, surpreendeu os seguidores na segunda-feira (15) ao contar que havia se submetido a uma cirurgia no coração. Aos 46 anos, a apresentadora precisou corrigir um prolapso da válvula mitral.

Segundo Mariana, a decisão pela cirurgia veio após anos monitorando o quadro (no seu caso, de origem congênita), com orientação médica de que havia chegado a hora de fazer a operação. Ela ainda explicou que o procedimento foi realizado há um mês, e em cerca de 20 dias ela já havia retornado ao trabalho.

Entenda melhor como ocorre o prolapso da válvula mitral e de que maneira ele é corrigido.

O que é o prolapso da válvula mitral?

A válvula mitral é responsável por controlar o fluxo sanguíneo entre o átrio e o ventrículo esquerdo do coração. Quando ela entra em prolapso, seu tecido fica mais “frouxo”, o que afeta sua capacidade de se abrir e se fechar com eficiência. Isso pode ocasionar uma regurgitação ou refluxo do sangue, que não segue o caminho como deveria.

O prolapso da válvula mitral costuma ter origem genética e evolui gradualmente desde o nascimento, como ocorreu com Mariana Gross. Mas algumas situações ao longo da vida podem fazer com que o problema surja em pessoas sem predisposição, como no caso da febre reumática ou outros problemas cardíacos prévios.

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Em muitos casos, o prolapso não é preocupante, e pode existir por anos sem gerar sintomas ou complicações de saúde, como ocorreu com Mariana. Quando evolui, porém, o prolapso da válvula mitral pode causar fadiga, palpitações, falta de ar e dores no peito. O tratamento torna-se necessário para evitar que a situação progrida, levando a uma insuficiência cardíaca grave.

Como é a cirurgia para o prolapso da válvula mitral?

A primeira linha de tratamento para o prolapso da válvula mitral costuma envolver medicamentos, mas, quando eles não são mais suficientes, é necessária uma cirurgia.

Há dois tipos principais: se a válvula não está muito danificada, é possível fazer uma operação que busca corrigir seu funcionamento; em outras situações, porém, é preciso substituir a válvula, usando dispositivos metálicos ou biológicos, conforme avaliação médica e questões individuais de cada paciente.

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Em linhas gerais, a válvula biológica tem uma vida útil menor, e pode exigir nova substituição após alguns anos, especialmente em pessoas mais jovens. Por outro lado, a válvula metálica costuma demandar o uso contínuo de anticoagulantes.

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Embora envolva uma intervenção direta no coração, a cirurgia costuma ter altas taxas de sucesso. O tempo de recuperação varia de acordo com a extensão do dano prévio existente na válvula, fatores gerais da saúde do paciente e a própria técnica utilizada na cirurgia.

Em procedimentos mais invasivos, o tempo de recuperação pode levar até oito semanas e costuma exigir fisioterapia; novas tecnologias já permitem que a operação seja feita com auxílio de vídeo e robótica, o que acelera a reabilitação.

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Mariana Gross não deu detalhes específicos sobre o tipo de cirurgia realizado, mas comentou que fez o procedimento “para a correção”, termo sugestivo de uma operação em que não teria sido necessário o implante de uma nova válvula.

Independentemente da técnica utilizada, pacientes que tiveram um prolapso devem seguir monitorando periodicamente o funcionamento do coração pelo resto da vida, para adequar tratamento e avaliar a possibilidade de uma nova substituição, quando isso for necessário.

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