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As festas de fim de ano são um momento propício aos abusos à mesa. Vale para a comida e para a bebida: nesse período de alívio no trabalho, com comemorações e reuniões familiares de todos os tipos, é bem fácil deixar de lado os cuidados que valem para o resto do ano.

E, quem busca minimizar os danos, costuma ir em uma aposta segura: tomar vinho, uma bebida alcoólica supostamente “mais saudável” que as outras.

Cuidado! É bom não chegar às ceias com informações equivocadas sobre o que uma taça de vinho pode fazer pela sua saúde. Como toda bebida alcoólica, ele exige cuidados para evitar exageros e seus alegados benefícios não são suficientes para contrabalançar o impacto do etanol na saúde.

+Leia também: Vinho faz bem à saúde? Entenda melhor essa história

Cuidados com o álcool nas festas

Cientistas e médicos não têm dúvidas na orientação atual: não existe uma dose de álcool que seja considerada segura para a saúde. O etanol, tipo de álcool presente nas bebidas, é carcinogênico e causa danos aos neurônios e, no longo prazo, aumenta a propensão a uma série de doenças.

Isso vale para qualquer bebida contendo álcool. Não importa se é vinho, cerveja ou algum destilado (e nem estamos falando do risco de contaminação por metanol, que assustou brasileiros em 2025, mas dos impactos do próprio álcool etílico mesmo).

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É claro que, quanto mais bebidas você tomar, maiores os perigos, sejam eles imediatos ou ao longo da vida. Mas qualquer pessoa que bebe precisa estar ciente de que os riscos aumentam, mesmo com uma única dose.

Sem ilusão quanto aos benefícios!

A história do vinho como uma bebida supostamente benéfica à saúde vem de estudos iniciados décadas atrás tentando entender o que era chamado de “paradoxo francês”: cientistas tentavam compreender por que os habitantes daquele país tinham um número relativamente baixo de mortes por doenças cardiovasculares, mesmo com uma dieta gordurosa, e sugeriram que o alto consumo de vinho na França poderia ser parte da explicação.

De fato, o vinho e outros derivados da uva têm muitas propriedades antioxidantes que podem, sim, ser de interesse para o nosso corpo. São os compostos fenólicos, dentre os quais se incluem os flavonoides e o muito famoso resveratrol, alvo de uma série de estudos como “componente mágico” da saúde no vinho tinto.

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Aliás, aqui também vale uma distinção: se há algum vinho que pode trazer benefícios (e não dá para cravar isso), é o tinto, que fica mais tempo em contato com os compostos valiosos da casca enquanto está sendo preparado.

A grande questão é que, em função do teor alcoólico do vinho, realmente não é possível afirmar que os alegados benefícios dessa bebida compensam os riscos que o etanol oferece ao seu corpo.

Se a ideia é simplesmente aproveitar as vantagens associadas à uva, prefira o próprio fruto mesmo. E, se for encher a taça, vá com ela repleta de informações corretas. Ninguém quer que você deixe de brindar no final do ano, se isso é parte das suas tradições, mas faça isso com consciência de que é algo feito por prazer, não em prol da saúde.

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