Uma pesquisa conseguiu quantificar, por meio de análises linguísticas e estatísticas, quanto estamos nos afastando do resto do planeta.

O trabalho, publicado no periódico Earth, analisou a presença de 28 palavras relativas à natureza — como rio, montanha, galho, entre outras — em livros publicados entre 1800 e 2019, disponíveis em uma plataforma digital. O uso desses termos, segundo a investigação, caiu 60% ao longo do tempo.

O autor do artigo, o psicólogo britânico Miles Richardson, também desenvolveu um modelo matemático para medir a nossa conexão com a natureza e o que ele chama de “extinção da experiência” com o meio ambiente, incluindo projeções para o futuro com simulações de diferentes cenários.

As contas indicam que seguiremos desconectados pelo menos até 2050, mas, a partir daí, há caminhos que poderiam reverter tal cenário.

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Clique na imagem para ampliar (Editoria de arte/Veja Saúde)

Reconstruindo a relação

As estratégias que impactaram no resgate do contato natural e influenciaram positivamente no modelo matemático:

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Educação

Intervenções educacionais com os pequenos demonstraram efeitos duradouros.

Conservação

É claro: ações de preservação, inclusive no ambiente urbano, aumentam o acesso à natureza.

Transmissão

O exemplo dos pais é fundamental para passar o apreço pelo planeta entre as gerações.

+Leia também: Tudo está conectado: como a crise climática já afeta sua saúde

Será que você já sofre com a desconexão? Conheça a solastalgia

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(Editoria de arte/Veja Saúde)
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O termo foi cunhado em 2003 para descrever o sofrimento causado por mudanças ambientais e, com a aceleração do aquecimento global, deve ganhar ainda mais evidência.

Uma revisão publicada no BMJ Mental Health avaliou pesquisas com mais de 5 mil participantes de diversos países e confirmou uma associação entre a solastalgia e problemas de saúde mental.

Entre eles, depressão, ansiedade, transtorno de estresse pós-traumático e somatização — o surgimento ou agravamento de sintomas físicos desencadeados pela mente. É muito para a cabeça mesmo!

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