A famosa e temida celulite aparece na pele de 95% das mulheres que passaram pela puberdade, como estima o Ministério da Saúde. Mas não é por ser uma condição comum que ela deixa de representar um incômodo estético. Vários tratamentos são estudados, alguns até eficazes, mas é fácil cair em furadas sem comprovação científica.

Além de procedimentos médicos feitos no consultório, como tratamentos a laser, algumas medicações tópicas podem minimizar o problema. Conheça as causas para a celulite e saiba o que realmente funciona contra ela.

O que causa celulite?

Pesquisadores consideram diversas hipóteses para a origem da celulite.

Falhas na circulação, produção reduzida de vasodilatadores pelas células abaixo da derme, alterações nos tecidos e processos inflamatórios podem estar associados ao aspecto de “casca de laranja” que a pele ganha com o acúmulo de gordura.

A condição tende a ocorrer em áreas onde o depósito de gordura abaixo da pele é influenciado pelo hormônio estrogênio. Isso significa que pessoas magras também podem ter celulite – e o quadro pode aparecer inclusive entre homens, embora os casos sejam mais raros.

A celulite não é prejudicial à saúde, e não deve ser confundida com a celulite infecciosa, causada por bactérias.

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Existe tratamento para celulite?

Entre procedimentos médicos e cremes tópicos, a ciência ainda busca tratamentos efetivos para a celulite.

Uma opção é a subcisão: médicos inserem água por dentro da pele, quebrando a organização das faixas rígidas de tecido que formam a celulite. Depois, a pele volta ao lugar, eliminando os relevos característicos.

Outra alternativa é o tratamento a laser. Disparado por baixo da pele, o feixe rompe as estruturas duram que causam celulite. O tratamento também engrossa a derme, o que pode tornar a condição menos visível.

A tecnologia da radiofrequência teve bons resultados em estudos clínicos: ao induzir o calor, os eletrodos aumentam a temperatura do tecido, remodelando e deixando essa camada da pele mais rígida. São necessárias múltiplas sessões para notar os efeitos.

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Cremes e géis funcionam?

Embora ainda precisem de maiores evidências científicas e não gerem resultados tão robustos, medicamentos de uso tópico como géis e cremes podem ser uma opção para tornar a celulite menos aparente, seja intervindo na condição ou melhorando a saúde da pele.

Produtos à base de retinol são muito utilizados. O tratamento pode melhorar as propriedades de tração e elasticidade da pele, diminuindo a aparência da celulite. Mas eles funcionam melhor se usados de forma preventiva e por períodos prolongados, maiores que seis meses.

Uma aposta frequente é nos produtos com complexos de cafeína, que poderiam desidratar as células e reduzir a celulite, mas ainda faltam estudos que atestem a eficácia dessas substâncias. Suplementos orais são outra opção com pouca evidência clínica.

Um dos tratamentos mais subestimados mas com boas evidências é a massagem: a hipótese é que ela estimule a drenagem linfática deficiente que pode estar associada ao surgimento da celulite.

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De olho nas armadilhas

Como muitas pessoas se interessam em eliminar as celulites de forma rápida e fácil, é comum cair em ciladas e optar por tratamentos sem comprovação científica, que podem até trazer riscos à saúde.

O ideal é consultar um dermatologista para ter orientações personalizadas para seu tipo de pele. 

O uso de suplementos de cafeína pura e procedimentos baseados no congelamento da gordura, por exemplo, não tem eficácia atestada e podem trazer danos ao organismo. 

Como a celulite é uma condição multifatorial, seu tratamento também envolve uma complexidade de fatores, como alimentação e exercícios físicos.

 

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