A dengue provoca sintomas como febre, dores no corpo e mal estar generalizado. Além destes sinais típicos, a infecção viral também pode apresentar manifestações na pele, como manchas e coceira.

O prurido, que pode ser acompanhado de vermelhidão, é comum em várias doenças infecciosas, principalmente entre as que atingem o organismo como um todo.

Mas a coceira não afeta todo mundo. O surgimento e a intensidade do incômodo são influenciados pela resposta imunológica de cada pessoa ao vírus, como explica a médica Cíntia Pessin, vice-presidente da Sociedade Brasileira de Dermatologia – Secção Rio Grande do Sul (SBD-RS).

“O mecanismo ainda não está bem elucidado, mas ocorre uma liberação exacerbada de histamina, substância produzida pelo sistema imunológico em resposta ao vírus da dengue na fase final da doença, e que provoca a coceira em cerca de 30% dos casos”, resume Pessin.

Os locais mais comuns para o aparecimento do incômodo são as palmas das mãos e as plantas dos pés. Além disso, rosto, tronco, braços e pernas também podem ser acometidos.

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Como aliviar a coceira da dengue?

O prurido na dengue pode ser extremamente incômodo, mas é autolimitado, durando de 36 a 72 horas, em média.

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Banhos frios e uso de hidratantes são indicados para aliviar a sensação de coceira. Uma dica é colocar o hidratante na geladeira e aplicar o produto gelado na pele várias vezes ao dia. Compressas geladas com chá de camomila também podem ajudar”, orienta a dermatologista.

A médica lembra que é preciso ter cautela com a utilização de remédios por conta própria.

“A resposta ao tratamento medicamentoso para a coceira nem sempre é satisfatória e o uso de alguns medicamentos anti-histamínicos pode mascarar os sinais neurológicos, portanto medicações só devem ser usadas com orientação médica”, enfatiza.

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Agravamento da doença

Na grande parte dos casos, a coceira é o menor dos problemas relacionados à dengue. A vice-presidente da SBD-RS alerta para a atenção especial às manifestações da infecção em crianças, idosos e gestantes.

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“Sintomas como dor abdominal intensa e contínua, vômitos persistentes, sangramentos, hipotensão, sonolência ou irritabilidade e desconforto respiratório são sinais de alerta para casos graves, e devem motivar a ida a um serviço de emergência o mais rápido possível”, recomenda a médica.

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Em crianças, o início da doença pode passar despercebido, levando à identificação tardia, com quadros potencialmente severos.

“O agravamento nas crianças, em geral, é súbito, diferente do que ocorre nos adultos, que é gradual, e os sinais de alarme são mais facilmente detectados. Estudos indicam que a dengue tem maior letalidade em idosos também”, explica Pessin.

O comportamento da dengue na gravidez deve ser acompanhado de perto. “As gestantes necessitam de vigilância, devendo o médico estar atento aos riscos para a mãe e para o bebê. Quanto mais próximo ao parto a mulher é infectada, maior é a chance do recém-nascido apresentar quadro de infecção por dengue”, pontua.

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