Uma das bebidas mais queridas do Brasil, o café faz parte da rotina e da cultura popular. Quem nunca recebeu uma visita e, antes de mais nada, providenciou aquela xícara quentinha como boas-vindas?

Apesar de saboroso, o café não é totalmente isento de riscos, especialmente para crianças e adolescentes. A pouca exposição à cafeína e diferenças entre o organismo em formação e o corpo adulto aumentam as chances de problemas como alterações cardíacas, distúrbios do sono e ansiedade.

Sendo assim, a partir de qual idade é permitido tomar café? Recebemos essa dúvida da leitora Marlene Ribeiro. Você também pode participar enviando uma mensagem para o endereço [email protected].

Antes de tudo, é preciso destacar que não existe consenso ou recomendação mundial que estabeleça limites para o consumo de cafeína por crianças e adolescentes.

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A Academia Americana de Pediatria, por exemplo, não recomenda café a crianças menores de 12 anos, ou outros produtos que contenham cafeína, como chá preto, chá branco, refrigerante do tipo cola, guaraná e bebidas esportivas isotônicas.

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Os adolescentes entre 12 e 18 anos, por sua vez, devem limitar sua ingestão a menos de 100 mg por dia ou o equivalente a uma xícara de café.

“É nossa obrigação alertar pais e cuidadores que existem outras opções alimentares mais saudáveis para se oferecer às crianças. A partir dos 12 anos, pode-se tomar no máximo uma xícara de café pequena, entre 80 e 100 mg, ao dia”, enfatiza Renata Aniceto, do departamento de pediatria ambulatorial da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP).

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Riscos

Crianças e adolescentes são mais propensos aos efeitos agudos da cafeína, com maior chance de intoxicação. Por esse motivo, as doses de cafeína que são consideradas seguras mesmo a partir dos 12 anos são bem menores.

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“Em quantidades similares à dos adultos, a cafeína na infância e adolescência pode causar aumento da frequência cardíaca e da pressão arterial, contribuir para aumentar o refluxo ácido, além de causar ansiedade e distúrbios do sono“, pontua Renata.

A formação dos bons hábitos alimentares tem seu principal momento na infância. Por isso, pais e cuidadores podem estimular os filhos a terem uma boa relação com o café, evitando excessos no futuro.

“As crianças aprendem através da observação. Portanto, a grande orientação é que os pais promovam uma alimentação baseada no equilíbrio e na qualidade dos produtos consumidos. Devemos ser exemplos de boas escolhas e evitar exageros no dia a dia”, completa a médica.

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