O crupe é uma doença respiratória causada por uma infecção por vírus que provoca inflamação da laringe e traqueia, provocando sintomas como tosse seca, conhecida como “tosse de cachorro” e dificuldade para respirar devido à obstrução das vias respiratórias.
O principal vírus responsável pelo crupe é o parainfluenza, de forma que essa doença é mais comum de acontecer no outono e início do inverno, sendo mais frequente em crianças entre 1 e 6 anos. O vírus pode ser transmitido através do contato com pessoas infectadas, assim como objetos e superfícies contaminadas.
O tratamento do crupe deve ser feito de acordo com a recomendação do pediatra, que pode indicar o aumento da ingestão de líquidos, a realização de nebulização e o uso de corticoesteroide, em alguns casos.

Principais sintomas
Os principais sintomas de crupe são:
- Dificuldade em respirar, principalmente inspirar;
- Tosse “de cachorro”;
- Rouquidão;
- Chiado ao respirar;
- Vômitos, devido à tosse excessiva, podendo ser observado, em alguns casos, a presença de muco.
Além disso, algumas crianças podem ter sintomas semelhantes aos de um resfriado antes de desenvolver os sintomas de crupe, podendo ter dor de garganta, congestão nasal, tosse e febre.
Os sintomas podem surgir de forma súbita e pioram durante a noite. Na maioria dos casos, a doença melhora entre 3 e 7 dias, sendo as primeiras noites mais intensas.
Possíveis causas
A causa do crupe não é totalmente conhecida, no entanto, está principalmente relacionada com a infecção pelos vírus parainfluenza tipo I, II, III e IV e, com menor frequência, com outros vírus como adenovírus, rinovírus, influenza A e B, enterovírus e o vírus sincicial respiratório (VSR).
No entanto, menos frequentemente, o crupe pode ser resultado de uma infecção por bactérias do gênero Staphylococcus e Streptococcus, recebendo o nome de traqueíte. Veja mais sobre a traqueíte.
Em casos mais raros, o crupe pode acontecer devido a alergias respiratórias ao pólen ou ao pó, epiglotite, inalação de substâncias químicas irritantes, refluxo gastroesofágico, presença de tumores ou inalação de corpo estranho.
Crupe e COVID-19
A infecção pelo SARS-CoV-2, vírus responsável pela COVID-19, pode provocar a inflamação das vias aéreas superiores, favorecendo o desenvolvimento dos sinais e sintomas característicos do crupe. Além da tosse típica do crupe, é possível que sejam notados outros sintomas como febre, coriza, dor de cabeça e cansaço excessivo, por exemplo. Saiba reconhecer os sintomas de COVID-19 nas crianças.
Tipos de crupe
O crupe pode ser classificado em alguns tipos de acordo com a sua causa e características, sendo os principais:
- Crupe viral, também conhecido como laringotraqueobronquite, que é causado por vírus e que provoca a inflamação da traqueia e dos brônquios;
- Crupe bacteriano, também conhecido como traqueíte ou laringotraqueíte, que é causada por bactérias e que provoca a inflamação da traqueia e da laringe, em alguns casos;
- Crupe espasmódico, também conhecido como laringite estridulosa, em é observado um inchaço não inflamatório dos tecidos, não possuindo causa infecciosa.
O diagnóstico do crupe é realizado pelo pediatra através da avaliação dos sintomas e da realização de exame físico para avaliar a garganta, medição da temperatura e oxigenação, além da ausculta dos pulmões.
Além disso, em alguns casos, o médico pode recomendar a realização de radiografia da região do pescoço para verificar se há ou não inflamação na região.
Marque uma consulta com o pediatra mais próximo para que seja feita uma avaliação mais detalhada dos sintomas apresentados pela criança:
Como é feito o tratamento
O tratamento do crupe deve ser indicado por um pediatra e depende da gravidade dos sintomas. O objetivo principal é diminuir a inflamação das vias respiratórias e manter a criança tranquila.
Nos casos mais leves, o tratamento pode ser feito em casa, sob orientação médica, sendo importante manter uma boa hidratação, evitar o ar seco e poluição, e criar um ambiente tranquilo que favoreça a respiração.
Quando o crupe é moderado ou grave, o tratamento deve ser iniciado o mais rápido possível no hospital para que seja feita a administração de corticoesteroides e a nebulização com epinefrina, que ajudam a diminuir o inchaço das vias respiratórias e facilitam a respiração rapidamente.
É importante não dar xaropes para tosse e nem medicamentos antitússico sem recomendação médica, já que podem dificultar a eliminação das secreções e piorar a obstrução respiratória, aumentando o risco de complicações.
