Durante séculos, a hanseníase foi (e ainda é) alvo de estigmas que atrapalham seu tratamento. A doença crônica afeta os nervos e a pele, e começa com uma infecção causada por uma bactéria que tem atração específica pelos nervos periféricos.

Além de causar lesões visíveis, ela afeta a sensibilidade da pele, o que aumenta o risco de lesões graves, como queimaduras, e afeta a qualidade de vida de seus portadores. E, apesar de ser tratável, ainda faz muitas vítimas no mundo e no Brasil. Não à toa, é considerada uma doença negligenciada.

Só em 2023, foram 20 mil casos no país. Somos a segunda nação do mundo em número total de casos, perdendo apenas para a Índia, e a primeira considerando a proporção entre a população. Para piorar, este número está provavelmente subestimado, apontam especialistas.

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Como os tratamentos para a doença só surgiram em 1980, antes disso seus portadores ficavam à margem da sociedade. Hoje, porém, mais do que o preconceito em si, o pior problema hoje é a falta de conscientização.

“A hanseníase está sendo esquecida. Profissionais de saúde estão saindo de suas formações sem saber como reconhecer a doença”, explica Marco Andrey, dermatologista, presidente da Sociedade Brasileira de Hanseníase e professor titular da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP) em Ribeirão Preto.

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Andrey é o convidado desta edição do podcast Olhar da Saúde, totalmente dedicado ao assunto.

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