Entre os dias 5 e 24 de novembro, está aberta uma consulta pública promovida pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) sobre a possível incorporação da inclisirana – um medicamento inovador para pacientes com colesterol elevado e alto risco cardíaco – ao rol de medicamentos cobertos pelos planos de saúde.

Quem seria elegível para receber o medicamento?

Segundo a consulta pública, adultos com histórico de pelo menos uma das seguintes condições:

  • Infarto agudo do miocárdio;
  • Revascularização miocárdica (cirúrgica ou por cateterismo);
  • Obstrução de artéria coronária maior do que 70%;
  • Que estejam em uso de estatinas na dose máxima tolerada, com ou sem uso de ezetimiba (outro medicamento que reduz o LDL-colesterol);
  • E que, mesmo com esse tratamento, ainda apresentem LDL-colesterol maior ou igual a 100 mg/dL.

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Por que a inclisirana é importante?

A inclisirana é uma esperança para quem já sofreu infarto ou passou por cirurgias cardíacas, por exemplo, e ainda assim estão com o LDL-colesterol (o chamado “colesterol ruim”) descontrolado.

Mesmo com uso de estatinas e outros medicamentos, muitos ainda não conseguem controlar os níveis de LDL-colesterol, e seguem expostos a um risco elevado de novos infartos, AVCs e até amputações de pernas.

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A inclisirana é administrada por injeção subcutânea por um profissional de saúde habilitado. A posologia padrão é: uma primeira dose, depois segunda dose 3 meses após a primeira, e então dosagem de manutenção a cada 6 meses.

Estudos mostram reduções médias em torno de 50-60% no LDL-colesterol em pacientes de alto risco já em uso de estatinas. O grande desafio é o custo, que torna inviável seu uso pela maioria dos pacientes. No Brasil valores por dose giram em torno de R$ 7,5 mil.

Mas é justamente por isso que vale a pena participar: afinal, às vezes o caro agora sai barato no futuro — prevenir complicações graves, como infarto, AVC, amputações e hospitalizações prolongadas, pode representar economia para todo o sistema e, sobretudo, salvar vidas.

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As doenças cardiovasculares são a principal causa de morte no Brasil e no mundo. Este é um momento único em que a sociedade pode ser ouvida. Médicos, profissionais de saúde, pacientes, familiares, associações — todos podem contribuir com sua experiência e opinião.

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