
O ator e apresentador Márcio Garcia usou as redes sociais para desabafar sobre a condição de saúde de um de seus cachorros, Dogo, na última semana. Segundo Garcia, o pet foi diagnosticado com um linfoma maligno.
“Vamos aproveitar cada segundo que ainda temos com ele. Já temos os remédios para garantir o conforto e, em breve, compartilho nossa decisão sobre fazer ou não a quimio“, escreveu o apresentador. Ele conta que a família está avaliando os prós e contras da quimioterapia, devido à agressividade do tratamento.
Garcia pediu sugestões e conselhos dos seguidores para tomar a decisão quanto ao tratamento. Ele informou que o cão tem recebido doses de corticoides e analgésicos.
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O que é o linfoma canino e quais são os sintomas?
O linfoma é um tipo de câncer que surge com o crescimento exagerado e irregular dos linfócitos, células que integram o sistema imune. Este tipo de câncer pode afetar qualquer órgão.
O primeiro sinal percebido pelos tutores costuma ser um inchaço nos linfonodos. Outros sintomas são:
- Perda de peso;
- Apetite diminuído;
- Inchaço no focinho ou nos membros;
- Aumento da sede e do volume de urina.
Ainda podem aparecer sintomas cutâneos, como áreas com pele seca, perda de pelos, feridas que não cicatrizam. Quando atinge o sistema gastrointestinal, o linfoma pode gerar diarreia e vômito. Outros sintomas são intolerância ao exercício, tosse e dificuldade de respirar.
Como outras doenças também podem causar estes sintomas, o diagnóstico exige uma biópsia ou citologia, assim como testes adicionais, como de imagem e de sangue.
Não é possível prevenir o linfoma. Não há uma causa única para este câncer nos cães, que é associado a fatores como idade, gatilhos ambientais, vírus e infecções, mutações genéticas.
Quando fazer quimioterapia?
A quimioterapia é a principal via de tratamento para o linfoma, já que o câncer afeta todos os sistemas do corpo. A cirurgia e a radioterapia são opções para outros tipos de câncer.
Não existe cura para o linfoma, mas o tratamento pode levar à remissão da doença – mesmo assim, recidivas são comuns. Sem tratamento, o bichinho pode ter apenas algumas semanas de vida. O prognóstico com a quimioterapia costuma ser de, em média, mais um ano.
O tratamento pode visar matar as células do câncer ou retardar seu crescimento, prolongando a vida do pet e melhorando sua qualidade de vida.
Para os tutores, pode ser difícil encontrar o equilíbrio entre buscar o melhor tratamento para o animal e ver o pet sofrer com efeitos colaterais. Muitos optam por tratamentos paliativos – a própria quimioterapia pode ser um paliativo – para garantir o conforto do pet enquanto for possível.
O principal medo dos tutores é a agressividade do tratamento. A quimioterapia pode levar a efeitos colaterais como sangramentos, apetite diminuído, vômito, diarreia e outros problemas gastrointestinais, esterilidade, infecções e alterações na pelagem. Em casos mais raros, os rins e o coração podem ser afetados.
É importante pesar, junto do médico veterinário oncologista, as vantagens e desvantagens de cada via de tratamento. Medicações podem ser administradas e a dieta pode ser ajustadas para lidar com os efeitos colaterais da quimio, e a maioria dos animais apresenta apenas efeitos que podem ser manejados em casa.
Corticoides, como a prednisona, não tratam o linfoma, mas ajudam a reduzir os sintomas clínicos. Foi o que Garcia fez: o apresentador conta que, durante 10 dias, Bogo vai receber corticoides e analgésicos, enquanto a famílai decide se seguira ou não com a quimioterapia.
Em qualquer cenário, é importante observar mudanças no comportamento do pet, que deve ser levado ao veterinário para avaliar novos sintomas ou efeitos colaterais do tratamento. Fique atento a sinais como sangue na urina, no vômito ou nas fezes; diarreia e vômito frequente (mais de três vezes ao dia); febre; e falta de resposta aos chamados do dono.
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