Os microplásticos são fragmentos de plástico que possuem tamanhos que variam entre 1 nanômetro e 5 mm de diâmetro.
Acredita-se que os microplásticos podem aumentar o risco de condições, como inflamação, doenças cardiovasculares, e problemas hepáticos, digestivos e respiratórios.
Os microplásticos podem ser inalados ou ingeridos e se acumular em órgãos e tecidos, como sangue, fígado, rins e pulmões. No entanto, os impactos destas partículas para a saúde ainda têm sido estudados e necessitam de evidências mais robustas.

Possíveis riscos para a saúde
Embora a pesquisa sobre os impactos completos dos microplásticos na saúde humana ainda seja inicial e faltem evidências conclusivas sobre os riscos à saúde.
Entretanto, os possíveis riscos dos microplásticos para a saúde, conforme estudos laboratoriais e em animais, são:
1. Estresse oxidativo
Os microplásticos poderiam causar estresse oxidativo, provocando uma desregulação na produção de radicais livres.
Níveis elevados de radicais livres podem provocar danos no DNA das células, a oxidação de proteínas e de gorduras.
2. Inflamação
Os microplásticos poderiam estimular a inflamação crônica, gerada pelo sistema imunológico e, por isso, causar problemas em vários órgãos.
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3. Doenças cardiovasculares
Alguns estudos indicam que os microplásticos podem aumentar o risco para condições e doenças cardiovasculares, como infarto, AVC, arritmias e fibrose do miocárdio.
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4. Neurotoxicidade
Acredita-se que os microplásticos podem causar neurotoxicidade, porque têm a capacidade de atravessar a barreira hematoencefálica e se acumular no cérebro.
Assim, os microplásticos poderiam favorecer o desenvolvimento de distúrbios neurodegenerativos, como a doença de Parkinson e o Alzheimer, por exemplo.
5. Problemas hepáticos e digestivos
Os microplásticos acumulados no fígado, em camundongos, têm sido relacionados com o acúmulo de gordura, danos às células hepáticas e resistência à insulina.
Da mesma forma, o acúmulo de microplásticos no intestino poderia provocar inflamação, comprometendo a função de barreira intestinal.
6. Disrupção endócrina e reprodutiva
Os microplásticos contêm ou atraem produtos químicos disruptores endócrinos, como ftalatos e Bisfenol A (BPA).
A exposição a disruptores endócrinos tem sido relacionada a possíveis problemas como ganho de peso, resistência à insulina, diminuição da saúde reprodutiva e câncer.
7. Problemas respiratórios
A inalação de microplásticos poderia causar problemas respiratórios, como asma, pneumonia, enfisema e rinite alérgica.
Isso porque os microplásticos podem desencadear respostas inflamatórias nos pulmões e aumentar o estresse oxidativo.
É possível eliminar os microplásticos do corpo?
Sim, é possível eliminar os microplásticos do corpo. Entretanto, a eliminação destes compostos variam conforme o tamanho.
As partículas de microplástico maiores e menores, passam pelo intestino sem serem absorvidas e sendo excretadas pelas fezes.
Já a eliminação das partículas com menos de 1 micrômetro é mais difícil. Assim, os microplásticos menores podem se acumular nas células de órgãos como fígado, rins, pulmões e artérias, por exemplo.
Como diminuir a exposição aos microplásticos
Algumas formas de diminuir a exposição aos microplásticos incluem:
- Evitar consumir água engarrafada, pois alguns estudos sugerem que esse produto pode conter maior número de partículas de microplásticos;
- Filtrar a água potável, por meio de sistemas de filtração de alta qualidade, como a osmose reversa;
- Substituir recipientes plásticos de alimentos e tábuas plásticas por alternativas de vidro, madeira ou metal;
- Evitar aquecer alimentos em potes plásticos;
- Minimizar os plásticos de uso único, como garrafas, canudos, sacolas e utensílios plásticos;
Outra forma de diminuir a exposição é priorizando vestuário de fibras naturais, como algodão, lã e linho, em vez de tecidos sintéticos, como poliéster, nylon e acrílico, que liberam microplásticos quando usados e lavados;
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