Neutrofilia é o aumento do número de neutrófilos no sangue, o que pode ser causado por infecções e doenças inflamatórias ou ser apenas uma resposta do organismo ao estresse ou à prática de atividade física, por exemplo.


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Os neutrófilos são células do sangue responsáveis pela defesa do organismo e os valores de referência no hemograma são de 1500 a 8000/mm³ de sangue, sendo que valores acima do valor de referência é indicativo de neutrofilia.

Leia também: Neutrófilos: o que são, tipos e porque estão altos ou baixos

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A quantidade de neutrófilos pode ser avaliada através do leucograma, que é uma parte do hemograma em que são avaliados neutrófilos, linfócitos, monócitos, basófilos e eosinófilos. Saiba como entender o resultado do leucograma.


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Como saber se é neutrofilia

A neutrofilia é identificada através da realização do hemograma, que é um exame de sangue que avalia todas as células do sangue, incluindo os neutrófilos.

É considerado neutrofilia quando são verificados mais de 8000 neutrófilos totais por mm³ de sangue, podendo esse valor variar de acordo com o laboratório.

A avaliação da quantidade de neutrófilos no sangue deve ser avaliada pelo médico que solicitou o exame, junto com outros parâmetros do hemograma e avaliação dos sintomas apresentados.

Leia também: O que pode ser neutrófilos segmentados altos ou baixos

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Como confirmar

Para saber se é neutrofilia, insira o resultado do seu exame na calculadora a seguir:

Esta calculadora é apenas uma ferramenta de orientação e, por isso, não deve ser usada como diagnóstico e nem substituir a consulta com o hematologista ou clínico geral.

8 causas de neutrofilia

As principais causas de neutrofilia são:

1. Infecções bacterianas

As infecções bacterianas agudas podem causar neutrofilia já que os neutrófilos são células de defesa do organismo contra infecções.

Nesses casos, é observado no hemograma neutrofilia com desvio à esquerda, o que significa a presença de neutrófilos imaturos no sangue.

O aumento do número de neutrófilos não causa sintomas, no entanto, é comum que surjam sintomas relacionados à infecção, como febre que não passa, dor abdominal, dor de cabeça, cansaço e fraqueza, por exemplo.

O que fazer: o tratamento da infecção deve ser feito pelo médico, que pode indicar o uso de antibióticos de acordo com o tipo de bactéria, além de também poder indicar medicamentos para aliviar os sintomas.

2. Infecções virais

As infecções virais também podem causar neutrofilia, sendo nesse caso, observados no hemograma a presença de linfócitos atípicos.

O que fazer: o tratamento varia de acordo com o tipo de vírus, podendo ser indicado pelo médico repouso e uso de remédios para baixar a febre e aliviar os sintomas, ou uso de alguns antivirais, se necessário.

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3. Doenças inflamatórias

As doenças inflamatórias, como artrite reumatoide, doença de Crohn, colite ulcerativa ou hepatite crônica, por exemplo,  provocam um aumento da ação do sistema imunológico.

Isso faz com que haja não só aumento dos neutrófilos mas também de outros componentes do sangue, como os basófilos, por exemplo.

O que fazer: o tratamento é feito de acordo com a causa da inflamação, mas pode ser indicado o uso de medicamentos anti-inflamatórios para aliviar os sintomas e alimentação rica em alimentos anti-inflamatórios, como açafrão, alho e peixe, por exemplo. Conheça alguns alimentos anti-inflamatórios.

4. Estresse

Apesar de não ser frequente, a neutrofilia também pode acontecer como consequência do estresse, podendo ser uma tentativa do organismo de manter o bom funcionamento do sistema imunológico nessas situações.

O que fazer: para reduzir o estresse, é importante adotar no dia a dia atividades que promovam o relaxamento, como yoga, caminhada e meditação.

Além disso, pode ser recomendada a psicoterapia para que se possa identificar as situações que aumentem o nível de estresse e, assim, lidar melhor com elas.

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5. Prática de atividades físicas

A neutrofilia devido à prática de atividades físicas intensas é considerada normal, não sendo motivo de preocupação.

No entanto, quando a neutrofilia é persistente, é importante que a pessoa vá a uma consulta com um clínico geral ou hematologista para que possa ser investigada a causa da alteração.

O que fazer: como se trata de um processo fisiológico, não é necessário qualquer tipo de tratamento, sendo apenas recomendado que a pessoa fique de repouso para que a recuperação muscular aconteça corretamente, além de manter bons hábitos de alimentação. Saiba o que fazer para recuperar o tecido muscular e evitar a fadiga.

6. Síndromes mielodisplásicas

As síndromes mielodisplásicas são um grupo de doenças que afetam a produção de células sanguíneas pela medula óssea, inclusive de neutrófilos, causando neutrofilia.

Alguns exemplos de doenças mielodisplásicas são trombocitemia essencial, policitemia vera, leucemia mielomonocítica ou neutrofílica crônicas, leucemia mielomonocítica juvenil ou leucemia mieloide crônica (LMC). Saiba identificar os sintomas de leucemia.

O que fazer: o tratamento das síndromes mielodisplásicas é feito pelo oncologista ou onco-hematologista e pode envolver quimioterapia, radioterapia, imunoterapia ou transplante de medula óssea.

7. Câncer

A neutrofilia também pode ser causada por tumores sólidos, como câncer de mama ou câncer de pulmão, por exemplo, devido a inflamações relacionada ao tumor ou infecções.

Além disso, a neutrofilia causada por câncer também pode estar relacionada à reação leucemoide paraneoplásica, uso de corticoides para o tratamento do câncer ou metástase da medula óssea.

O que fazer: deve-se realizar o tratamento do câncer de acordo com a orientação do oncologista, e normalmente envolve quimioterapia, radioterapia, terapia biológica, imunoterapia ou cirurgia.

Caso seja detectada alguma infecção, o médico deve recomendar o uso de antibióticos.

8. Uso de remédios

O uso de alguns remédios, como corticoides, lítio ou ácido retinoico, também podem aumentar a liberação de leucócitos pela medula óssea, inclusive de neutrófilos, provocando neutrofilia.

Além disso, remédios como filgrastima ou pegfilgrastima podem estimular a produção de neutrófilos pela medula óssea, sendo geralmente indicados quando os neutrófilos estão baixos.

O que fazer: deve-se fazer o acompanhamento com o médico que receitou o remédio, que pode alterar a dose ou substituir por outro medicamento.

De forma nenhuma deve-se interromper o uso ou alterar as doses do remédio por conta própria.

Qual a diferença entre neutrofilia e neutropenia?

A neutrofilia é o aumento da quantidade de neutrófilos totais no sangue, enquanto a neutropenia é a diminuição do número de neutrófilos sanguíneos.

A neutropenia pode aumentar o risco de infecções, já que os neutrófilos são glóbulos brancos do sangue responsáveis por combater microrganismos, como bactérias, vírus ou fungos, por exemplo.

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O que é neutrofilia relativa?

A neutrofilia relativa indica o aumento da quantidade relativa de neutrófilos no sangue, ou seja, que a quantidade de neutrófilos no sangue em relação à 100%, que é a quantidade de leucócitos totais no sangue, está aumentada.

De forma geral, os valores relativos de neutrófilos considerados normais é entre 45,5 a 75% tendo como referência a quantidade de leucócitos totais circulantes.

Normalmente quando os valores dos neutrófilos absolutos estão aumentados, é possível também observar aumento nos valores relativos.

No entanto, em outras situações pode haver apenas neutrofilia relativa e, nesse caso, é importante que o médico avalie o hemograma e a quantidade total de leucócitos, podendo ser indicada a repetição do exame em alguns casos.

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