A presença de proteína na urina na gravidez é uma alteração comum e normal, que normalmente está relacionada com o aumento do trabalho dos rins para filtrar o excesso de líquidos desta nova fase da vida da mulher.


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Porém, quando a quantidade de proteínas na urina está muito elevada, geralmente acima de 300 mg em 24 horas, pode significar alguns problemas de saúde, como infecção infecção urinária, desidratação ou, até mesmo, pré-eclâmpsia.

Dessa forma, todos os exames, de sangue ou urina, feitos pela gestante devem ser sempre avaliados pelo obstetra para identificar se é necessário fazer outros exames de forma a diagnosticar possíveis problemas de saúde e iniciar o tratamento precoce.


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Principais causas

Algumas das causas mais comuns da presença de proteína na urina na gravidez são:

1. Excesso de estresse

A gestação é um período de muitas alterações e adaptações na vida da grávida e, por isso, o nível de estresse pode estar muito elevado.

Geralmente, o aumento do estresse provoca um aumento no funcionamento do organismo, o que também se traduz num aumento da filtração nos rins.

Assim, é comum o surgimento de proteína no exame de urina, no entanto, esta alteração é temporária e desaparece em poucos dias, sem afetar a saúde da gestante ou do bebê.

O que fazer: para aliviar o estresse durante a gravidez, é importante adotar algumas estratégias, como a prática regular de exercício, fazer atividades que gosta, ter uma alimentação saudável e descansar. Assim, é possível diminuir a quantidade de proteína na urina, bem como aproveitar a gravidez.

2. Infecção urinária

A infecção urinária é uma das principais causas de proteinúria na gravidez, acontecendo devido à presença de bactérias no trato urinário.

Geralmente, o aumento de proteína na urina é acompanhado do aumento de leucócitos na urina.

Nestes casos, é possível ter outros sinais como aumento da frequência para urinar, sensação de peso na bexiga ou desconforto ao urinar, por exemplo.

Embora a infecção urinária não afete diretamente o bebê, ela precisa ser tratada rapidamente para evitar outras complicações como parto prematuro ou diminuição do peso do bebê ao nascimento.

O que fazer: o tratamento para infecção urinária na gravidez é feito com o uso de antibióticos, que devem ser indicados pelo obstetra, uma vez que alguns antibióticos não são recomendados durante a gravidez e podem trazer consequências para a saúde do bebê.

Os antibióticos mais indicados para o tratamento da infecção urinária durante a gravidez são cefalexina, nitrofurantoína ou sulfametoxazol + trimetoprima, que normalmente são indicados por 7 a 14 dias. Saiba mais sobre o tratamento da infecção urinária na gravidez.

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3. Desidratação

A desidratação pode surgir em qualquer fase da gravidez, por não beber água suficiente durante o dia, devido a dias com temperaturas muito altas ou aumento da temperatura corporal.

Isso leva a perda de água e sais minerais, podendo interferir na forma como os rins reabsorvem as proteínas, que passam a ser eliminadas em maiores quantidades na urina.

Além disso, a desidratação também pode surgir devido a enjoo matinal, hiperemese gravídica, diarreia ou até insuficiência renal, e estar acompanhada de outros sintomas, como tontura, sede excessiva, boca seca, dor de cabeça intensa e cansaço.

O que fazer: usar roupas largas para aliviar o desconforto causado pelo calor excessivo e diminuir a produção de suor, e manter-se hidratada ingerindo cerca de 8 a 10 copos de água por dia, pois assim é possível evitar a desidratação.

Nos casos mais graves de desidratação, pode ser necessário internamento hospitalar para receber soro na veia e outras medicações.

4. Pré-eclâmpsia

A pré-eclâmpsia é uma complicação na gravidez caracterizada por acima de 140 x 90 mmHg, após a 20ª semana de gestação, acompanhada da presença de proteína na urina.

Essa condição causa sintomas como falta de ar repentina, dor de cabeça intensa, dor no abdômen, tontura, inchaço repentino, diminuição da quantidade de urina ou visão embaçada, por exemplo. Saiba identificar os sintomas da pré-eclâmpsia.

Quando existe suspeita de pré-eclâmpsia, é importante ir imediatamente ao hospital repetir o exame de urina e fazer consultas no obstetra para avaliar a pressão arterial.

O que fazer: deve-se fazer acompanhamento com o obstetra a cada 2 dias para monitorar a pressão arterial e realizar exames de urina e de sangue, além de fazer repouso e usar os remédios indicados pelo médico.

Nos casos mais graves, é necessário internamento hospitalar para receber remédios, sulfato de magnésio e soro na veia, podendo também ser indicado antecipar o parto, através do parto induzido ou cesárea.

Leia também: Pressão alta na gravidez: sintomas, causas, riscos e tratamento

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5. Adaptação renal na gravidez

Durante a gravidez, o volume sanguíneo aumenta de 30 a 50% que é necessário para o desenvolvimento do bebê.

Isso leva a um aumento do fluxo sanguíneo para os rins e da taxa de filtração do sangue pelos glomérulos renais durante toda a gravidez, podendo provocar aumento de proteínas na urina.

O que fazer: deve-se fazer o acompanhamento pré-natal com o obstetra durante toda a gravidez, para verificar qualquer outro sintoma que acompanhe o aumento de proteína na urina, principalmente gestantes com fatores de risco para pré-eclâmpsia.

Leia também: Pré-natal: o que é, quando começar, consultas e exames

tuasaude.com/pre-natal

6. Doença renal crônica

A doença renal crônica existente antes da gravidez, como nefropatia diabética, glomerulonefrite ou nefrite lúpica, por exemplo, pode causar aumento de proteína na urina, geralmente detectado antes das 20 semanas de gestação.

A doença renal crônica na gravidez pode piorar devido ao trabalho excessivo dos rins, e aumentar o risco de piora ou desenvolvimento de pressão alta, podendo também levar ao surgimento de pré-eclâmpsia, quando não tratada e acompanhada adequadamente.

O que fazer: deve-se fazer o tratamento da doença renal crônica com orientação do nefrologista e obstetra, com remédios para controlar a pressão arterial e acompanhamento da função renal, além de consultas com o obstetra para detectar precocemente alterações na pressão arterial e/ou pré-eclâmpsia.

Além disso, a gestante deve medir a pressão arterial diariamente e fazer exames de sangue e urina regularmente para avaliar a função renal.

Proteína na urina pode indicar gravidez?

Apesar da gestação levar à presença de proteínas na urina, essa alteração pode ser consequência de outras condições e não necessariamente ser devido à gestação.

Isso acontece porque vários problemas de saúde podem causar a mesma alteração, como:

  • Problemas no funcionamento dos rins;
  • Diabetes ou nefropatia diabética;
  • Síndrome nefrótica;
  • Doenças cardíacas;
  • Pressão alta crônica;
  • Infecção urinária ou pielonefrite;
  • Doenças autoimunes, como lúpus.

Assim, quando o exame de urina indica a presença de proteína é importante consultar o clínico geral para avaliar a necessidade de fazer outros exames, que ajudem a determinar se existe algum problema de saúde que precise ser tratado.

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