O ureaplasma é uma infecção sexualmente transmissível (IST) causada pela bactéria Ureaplasma urealyticum, que pode ser encontrada naturalmente no trato urogenital, sem causar sinais ou sintomas.


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No entanto, devido à fragilidade imune ou múltiplos parceiros sexuais, é possível que a bactéria se multiplique e cause inflamação e infecção da região genital, tanto em homens quanto em mulheres.

É importante que a infecção pelo Ureaplasma urealyticum seja devidamente identificada e tratada com antibióticos de acordo com a orientação do médico para diminuir o risco de complicações, principalmente durante a gravidez.


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Principais sintomas

De forma geral, o Ureaplasma urealyticum não causa sinais ou sintomas, no entanto alguns dos principais sintomas que podem surgir em caso de infecção são:

  • Dor ao urinar;
  • Queimação e ardor para urinar;
  • Corrimento vaginal ou peniano, que pode ter cheiro forte e desagradável;
  • Desconforto na região genital;
  • Vermelhidão no pênis;
  • Maior sensibilidade na região dos testículos;
  • Dor durante a relação sexual.

O Ureaplasma urealyticum normalmente provoca a inflamação da uretra, sendo essa situação conhecida como uretrite, mas também pode estar relacionada com a vaginose bacteriana e a doença inflamatória pélvica (DIP) em mulheres. Além disso, foram relatados casos de artrite e cistite, que é a inflamação da bexiga, em pessoas com hipogamaglobulinemia, que é uma condição caracterizada pela diminuição da atividade do sistema imune.

Ureaplasma causa infertilidade?

Nas mulheres, a infecção pelo Ureaplasma urealyticum pode levar à infertilidade.

A relação entre ureaplasma e infertilidade no homem ainda não foi comprovada, apesar de alguns estudos indicarem a diminuição da contagem de espermatozoides e aumento do risco de epididimite, que é a inflamação do epidídimo, um canal que é responsável pela coleta e armazenamento dos espermatozoides.

Leia também: Epididimite: o que é, sintomas, causas e tratamento

tuasaude.com/epididimite

Como é feito o diagnóstico

O diagnóstico da infecção por Ureaplasma urealyticum é difícil, já que a maioria dos casos é assintomático e é uma bactéria que está presente naturalmente no trato urogenital. No entanto, caso haja suspeita de ureaplasma, o ginecologista, urologista ou clínico geral pode indicar a coleta de amostra de urina ou de secreção genital para que seja analisada no laboratório e possa ser feita a confirmação do diagnóstico.

Maque uma consulta com o médico mais próximo, usando a ferramenta a seguir, para que seja investigada a possibilidade de infecção:

Disponível em: São Paulo, Rio de Janeiro, Distrito Federal, Pernambuco, Bahia, Maranhão, Pará, Paraná, Sergipe e Ceará.

Transmissão do Ureaplasma urealyticum

O Ureaplasma urealyticum está naturalmente presente no sistema urinário e reprodutivo de homens e mulheres, no entanto é possível que essa bactéria seja transmitida através da relação sexual sem preservativo.

O risco de infecção por essa bactéria é maior quando a pessoa tem o sistema imunológico mais fragilizado e/ ou múltiplos parceiros sexuais, já que essas situações provocam um desbalanço da microbiota urinária e genital, favorecendo a proliferação do Ureaplasma urealyticum.

Além da transmissão por via sexual, o ureaplasma pode também ser transmitido para o bebê durante a gestação ou no momento do parto, resultando em colonização e podendo aumentar o risco de complicações no bebê no caso de ser prematuro ou ter nascido com baixo peso.

Ureaplasma na gravidez

O ureaplasma na gravidez pode aumentar o risco de parto prematuro, ruptura prematura de membranas e aborto. Além disso, a infecção por essa bactéria também pode aumentar o risco de doença pulmonar no recém-nascido, baixo peso ao nascer, pneumonia e corioamnionite. 

Assim, é importante que a infecção pelo Ureaplasma urealyticum seja devidamente identificada e tratada na gravidez de acordo com a orientação do ginecologista-obstetra para diminuir o risco de transmissão para o bebê e complicações.

Tratamento para ureaplasma

O tratamento para ureaplasma deve ser orientado pelo ginecologista ou urologista, que normalmente indica o uso de antibióticos como azitromicina ou doxiciclina. Caso seja verificado que o tratamento não está sendo eficaz, pode ser recomendado o uso de levofloxacino ou eritromicina.

Em alguns casos, o médico pode também indicar que o tratamento seja feito pelo parceiro (a), além de ser recomendado usar preservativo em todas as relações sexuais.


Foto de Marcela Lemos

Revisão clínica:
Marcela Lemos
Biomédica

Mestre em Microbiologia Aplicada, com habilitação em Análises Clínicas e formada pela UFPE em 2017 com registro profissional no CRBM/ PE 08598.




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Bibliografia
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Fonte

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