Ter vontade de urinar muitas vezes pode ser uma situação completamente normal, principalmente se se tiver consumido muitos líquidos durante o dia. No entanto, a vontade frequente para urinar também pode indicar uma infecção urinária, incontinência e, até, diabetes, especialmente se for acompanhada de outros sintomas.
Alguns sinais que podem surgir com a vontade de urinar e que podem ser indicativos de alerta são dor ou ardor ao urinar, dificuldade para segurar o xixi ou presença de sangue na urina.
O ideal é que, sempre que a vontade de urinar causa algum desconforto no dia a dia, se consulte um urologista, que poderá solicitar alguns exames para identificar a possível causa e iniciar o tratamento mais adequado.
    
    
As causas mais comum que podem causar vontade de urinar toda a hora são:
1. Beber muita água, café ou bebidas alcoólicas
Beber grandes quantidades de líquidos, principalmente água, aumenta naturalmente a produção de urina. Nesses casos, a urina costuma ser clara e sem cheiro, o que é considerado normal.
Isso também pode acontecer devido ao consumo de alimentos ricos em água ou com grande quantidade de sódio, como embutidos ou batatas fritas.
O café, o chá, o chocolate e o mate, contêm cafeína, uma substância que possui efeito diurético leve. As bebidas alcoólicas também aumentam a produção de urina, pois inibem o hormônio antidiurético (ADH), provocando a desidratação.
O que fazer: é recomendado moderar o consumo de cafeína, álcool e refrigerantes, além de manter uma hidratação adequada e praticar atividade física regularmente para favorecer o equilíbrio de líquidos no organismo.
2. Usar medicamentos diuréticos
Alguns medicamentos, como os diuréticos (furosemida, espironolactona ou hidroclorotiazida) aumentam a eliminação de líquidos através da urina.
Outros medicamentos, como anti-hipertensivos, ansiolíticos ou medicamentos para o sono também podem ter esse efeito secundário.
O que fazer: é importante que o aumento da frequência urinária devido ao uso de medicamentos seja comunicado ao médico, pois assim é possível avaliar a possibilidade de substituir o medicamento ou alterar a dose, caso seja necessário.
3. Infecção urinária
O aumento da frequência para urinar também pode ser causado por uma infecção urinária, principalmente quando são percebidos outros sintomas, como dor ou ardência ao urinar, além da diminuição do volume de urina liberado, mesmo que a vontade seja ainda muito grande.
O que fazer: é recomendado que a pessoa consulte o urologista ou clínico geral para que possam ser feitos exames que confirmem a infecção urinária e, assim, possa ser indicado o melhor tratamento, que normalmente inclui o uso de antibióticos. Veja como deve ser feito o tratamento para infecção urinária.
4. Diabetes
Urinar com muita frequência também pode acontecer devido aos níveis elevados de glicose no sangue, o que é comum na diabetes mellitus. O excesso de glicose é eliminado através da urina, o que aumenta o seu volume.
No caso da diabetes insipidus, que acontece devido a uma alteração do hormônio antidiurético ou à resposta renal a esse hormônio, também pode haver maior vontade para urinar.
O que fazer: é importante seguir o tratamento indicado pelo médico, que pode indicar o uso de medicamentos que ajudem a regular os níveis de glicose circulante, injeções de insulina ou mudança nos hábitos alimentares e estilo de vida.
5. Incontinência urinária
A incontinência urinária é caracterizada pela perda involuntária de urina, sendo mais comum em mulheres durante a gravidez ou após a menopausa. A incontinência também pode acontecer nos homens, principalmente após cirurgias prostáticas.
O que fazer: o tratamento pode incluir a realização de exercícios de Kegel para fortalecer o assoalho pélvico e, em alguns casos, cirurgia. Entenda como é feito o tratamento para incontinência urinária.
6. Hiperplasia prostática
O aumento da próstata, também chamado de hiperplasia prostática, pode causar aumento da frequência urinária, principalmente durante a noite. Essa condição é mais frequente em homens com mais de 45 anos de idade e pode ser acompanhada por dificuldade para urinar e jato fraco de urina.
O que fazer: é recomendado consultar o urologista para que seja feita uma avaliação do tamanho da próstata e, assim, ser possível definir o tratamento, que pode incluir medicamentos, antibióticos ou cirurgia, nos casos mais graves.
7. Bexiga hiperativa
A bexiga hiperativa é uma condição caracterizada pela sensação repentina e urgente para urinar, mesmo que a bexiga não esteja completamente cheia.
Essa situação pode ser causada por um aumento da atividade do músculo responsável por controlar a bexiga ou ser consequência de alterações nos sinais nervosos entre o cérebro e a bexiga. Veja mais sobre a bexiga hiperativa.
O que fazer: o urologista deve indicar o tratamento mais adequado, que pode incluir exercícios de Kegel, fisioterapia com biofeedback ou eletroestimulação, uso de medicamentos e, nos casos mais graves, cirurgia.
8. Gravidez
Durante a gravidez, as alterações hormonais e a pressão do útero sobre a bexiga tornam a vontade para urinar mais frequente, principalmente no primeiro e terceiro trimestre.
O que fazer: é recomendado esvaziar completamente a bexiga ao urinar, evitar bebidas com cafeína e manter uma hidratação adequada. Caso sejam notados sintomas como ardor ou dor, é importante que o médico seja consultado para descartar a possibilidade de infecção urinária.
9. Ansiedade ou estresse
Em situações de estresse, nervosismo ou ansiedade, o corpo libera hormônios que estimulam o sistema nervoso e podem aumentar a atividade da bexiga, provocando a necessidade frequente para urinar.
O que fazer: realizar técnicas de relaxamento, meditação ou respiração profunda podem ajudar a diminuir a frequência urinária de origem emocional. Caso o sintoma persista, deve-se consultar o médico ou psicólogo.
10. Cistite intersticial
A cistite intersticial, ou síndrome da bexiga dolorosa, é uma inflamação crônica não infecciosa da bexiga que causa dor pélvica, urgência e aumento da frequência urinária, incluindo durante a noite.
O que fazer: nesse caso, o tratamento indicado pelo médico pode incluir fisioterapia pélvica, medicamentos para diminuir a inflamação e a dor, e mudanças na alimentação, devendo evitar alimentos que possam causar irritação na bexiga, como álcool, cafeína e comidas condimentadas e picantes.
11. Insuficiência renal leve
Na fase inicial da insuficiência renal, o rim pode perder a capacidade de concentrar a urina, o que leva a uma maior produção e frequência urinária.
O que fazer: o tratamento deve ser indicado por um nefrologista, que pode recomendar ajustes na alimentação, controle da pressão arterial e uso de medicamentos de acordo com a causa da insuficiência.
12. Consumo de adoçantes artificiais ou irritantes da bexiga
Substâncias como o aspartame, a sacarina e os corantes artificiais, assim como alimentos muito ácidos ou picantes, podem irritar a bexiga e aumentar a frequência urinária, principalmente em pessoas sensíveis ou com bexiga hiperativa.
O que fazer: é recomendado evitar os alimentos ou bebidas que levam ao aparecimento desse sintoma e manter uma boa alimentação e hidratação.
 
															
