Uma notícia impactante vinda dos Estados Unidos trouxe alento e esperança para milhões de pessoas ao redor do mundo que convivem com a obesidade: a FDA (Food and Drug Administration), a Anvisa americana, aprovou oficialmente o uso da semaglutida oral, comercializada como Wegovy Pill, para o controle de peso e a redução do risco cardiovascular em adultos com obesidade ou sobrepeso.

Essa é a primeira vez que um tratamento da classe dos análogos de GLP-1, anteriormente administrados apenas por injeção, estará disponível em forma de comprimido. Com isso, abre-se uma nova era na história do tratamento do excesso de peso e doenças crônicas ligadas a ele.

O que torna essa aprovação tão revolucionária é o fato de que o medicamento oral mostrou, em estudos clínicos rigorosos, uma eficiência comparável à versão injetável. No ensaio clínico OASIS 4, os pacientes tratados com a semaglutida oral apresentaram uma média de 16,6% de redução no peso corporal.

Além disso, um terço dos participantes perdeu 20% ou mais do peso inicial, resultados que até então eram alcançados quase exclusivamente com cirurgias bariátricas.

Mas enquanto os pacientes americanos já vislumbram a possibilidade de iniciar 2026 com uma nova alternativa terapêutica, o Brasil e a Europa ainda aguardam. A Novo Nordisk, farmacêutica responsável pelo medicamento, já submeteu o pedido de aprovação às agências reguladoras europeias e também à Anvisa.

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A expectativa é que ambas as aprovações ocorram ao longo de 2026, permitindo que o tratamento comece a ser disponibilizado nesses mercados em breve.

Para o Brasil, essa aprovação representa muito mais que a chegada de um novo remédio. É uma esperança concreta em meio à crescente epidemia de obesidade que afeta todas as regiões do país. Dados recentes do Ministério da Saúde mostram que o número de adultos com obesidade aumentou significativamente nos últimos anos.

Com isso, também cresceram os casos de diabetes tipo 2, hipertensão e doenças cardiovasculares, problemas que têm impacto direto na qualidade de vida da população e nos custos do sistema de saúde.

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A possibilidade de oferecer uma solução eficaz em formato oral é também uma forma de democratizar o acesso ao tratamento. Nem todos os pacientes se adaptam às injeções, seja por medo de agulhas, seja por dificuldades logísticas no armazenamento e aplicação do medicamento.

Um comprimido tomado diariamente torna o processo mais simples, mais discreto e potencialmente mais acessível. Vale destacar que o seu uso deverá ser em jejum pelo menos 30 minutos antes do café da manhã com até 120 ml de água.

Outro aspecto relevante é que o medicamento não apenas promove perda de peso, mas também tem impacto positivo na prevenção de eventos cardiovasculares, como infartos e AVCs.

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Enquanto aguarda aprovação da Anvisa, seguimos acompanhando, esperando e acreditando que 2026 será o ano em que essa revolução também cruzará nossas fronteiras.

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