Com o avançar da idade, a musculatura da língua e da garganta tende a se enfraquecer, propiciando dificuldades para mandar os alimentos goela abaixo.
E estima-se que 40% dos idosos vivenciem um preâmbulo de disfagia que não é considerado normal.
Na disfagia, há uma desregulação da epiglote, pequena cartilagem acima da laringe que serve de tampa para que o alimento não entre na traqueia (tubo do sistema respiratório que leva até o pulmão), e sim no esôfago (tubo do sistema digestório que leva até o estômago).
Por conta da desregulação, pode haver passagem de comida para as vias aéreas. Isso é bastante perigoso e, ainda que não gere um grande engasgo, pode causar problemas nos pulmões.
“O problema para engolir acaba não sendo percebido devido a outras comorbidades, mas é preciso observar e investigar sinais como tosse e engasgo frequentes, bem como demora ou desistência de se alimentar”, afirma Carolina Silvério, da Sociedade Brasileira de Fonoaudiologia, cujo último congresso debateu o assunto.
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Os riscos dessa tal de disfagia
Eles vão de dieta desequilibrada a perigo de pneumonia
Desnutrição
A dificuldade para engolir prejudica a ingestão de diversos alimentos, derrubando o estado nutricional.
Desidratação
Até a ingestão de água pode ser afetada. E a desidratação já é mais comum em idosos.
Pneumonia
Partículas de alimento ou líquidos podem se dirigir aos pulmões e precipitar infecções sérias.
Abalo psíquico
Deixar de comer o que gosta e ter medo de engasgar pode levar a isolamento e até depressão.
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Como tratar a disfagia
Problema tem tratamento — e, quanto antes, melhor
Ajuda profissional
Procurar um fono é o primeiro passo para entender o caso e aprender exercícios.
Atenção plena
Comer exige foco, ainda mais nesse caso. Sem TV ou celular por perto.
Comida temperada
Ela tende a aguçar o paladar e a dar mais prazer ao momento das refeições.
Dentes afiados
Cuidar da dentição é essencial para triturar os alimentos e engolir melhor.
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