O ex-tenista Ivan Kley, 66, faleceu nessa quinta-feira (3) em decorrência de um tromboembolismo pulmonar. Na década de 1980, o atleta foi tricampeão brasileiro na categoria adulta e participou dos torneios de Roland Garros, Wimbledon e US Open.

Ivan era pai do cantor Vitor Kley, que lamentou sua morte nas redes sociais. “Meu herói de olhos azuis agora é de fato o maior farol. Pai, tu se tornou infinito!”, escreveu no seu perfil do Instagram.

Aposentado das competições, Ivan trabalhou nos últimos anos como diretor de uma academia de tênis em Itajaí, Santa Catarina. A Confederação Brasileira de Tênis (CBT) emitiu uma nota em homenagem ao atleta: “Com um estilo de jogo vibrante e combativo, ele se destacou como um dos principais tenistas de sua geração.”

O que é um tromboembolismo?

Também chamada de embolia pulmonar, a condição que levou Ivan Kley à morte acontece quando um coágulo circula pelo sangue e chega aos pulmões.

O quadro começa como um tromboembolismo venoso: um coágulo, ou seja, um acúmulo de células sanguíneas que se torna gelatinoso, se forma em uma veia. Em geral, os coágulos ocorrem na região pélvica ou nas pernas.

Quando o coágulo se desprende, ele é transportado pelo fluxo sanguíneo e pode chegar aos pulmões, prejudicando a circulação e oxigenação do organismo.

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O infarto pulmonar é uma complicação do quadro. Quando parte do pulmão fica sem irrigação sanguínea devido ao bloqueio causado pelo coágulo, os tecidos locais morrem.

O coágulo ainda pode ficar preso em outras partes com corpo, como o coração ou o cérebro.

+Leia também: O que é embolia pulmonar? Veja causas, sintomas e tratamentos

O que causa a condição?

Vários fatores de risco contribuem para a formação de coágulos. Ter mais de 60 anos, obesidade ou mobilidade reduzida aumenta as chances. Como a imobilidade prolongada pode gerar coágulos, medicações preventivas para trombose costumam ser usadas em pacientes que passaram por cirurgias ou estão internados.

A gravidez e o uso de anticoncepcionais também elevam o risco de trombose. Câncer, traumas, varizes e doenças como insuficiência cardíaca, doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) e distúrbios de coagulação influenciam o quadro. A contaminação pela covid-19 também pode elevar o perigo.

Outras substâncias também podem formar coágulos: vazamentos da medula óssea resultantes de fraturas ou cirurgias, gordura que chegou à corrente sanguínea durante procedimentos cirúrgicos, células cancerosas, líquido amniótico durante o parto, ar que vazou de um cateter.

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Quais os sinais de tromboembolismo?

A condição pode não provocar sintomas. Mas alguns sinais podem levantar a suspeita para tromboembolismo pulmonar:

  • Falta de ar e dificuldade para respirar;
  • Dor no peito ou queimação, que piora ao respirar, tossir ou se curvar;
  • Taquicardia;
  • Chiado no peito e tosse;
  • Tontura ou desmaio;
  • Ansiedade;
  • Sudorese.

Em idosos, os sintomas de embolia pulmonar podem se manifestar como confusão mental. Quando o quadro é venoso, o coágulo pode levar ao inchaço e dor nas pernas, assim como vermelhidão e calor local.

É importante busca atendimento médico de emergência frente aos sintomas de trombose. Exames de imagem – como raio-x, tomografia e ultrassom – ajudam a confirmar o diagnóstico.

Outros exames, como angiografia pulmonar, venografia com contraste ou cintilografia podem ser empregados. Testes de sangue podem ser aliados no momento do diagnóstico, já que ao se romper, o coágulo libera uma substância que pode ser medida o dímero-D.

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Existe tratamento?

A embolia pulmonar é uma das causas de morte cardiovascular mais comuns. Mas, caso seja diagnosticada a tempo, a pode ser tratada.

Em situações graves, uma cirurgia para remover o coágulo pode ser necessária. Remédios anticoagulantes e trombolíticos são usados para dissolver os trombos e impedir novos entupimentos.

Um dispositivo pode ser inserido na veia cava para filtrar o sangue e impedir que coágulos formados nas pernas ou na pelve cheguem até o pulmão.

Medicações anticoagulantes também podem ser receitadas de forma preventiva para pessoas com risco aumentado para trombose.

Praticar atividades físicas de forma regular e evitar passar longos períodos sentado ou na mesma posição são outras recomendações preventivas.

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